terça-feira, 31 de janeiro de 2012

OS DEZ ANOS DO SIVAM/SIPAM

Em julho de 1995, o jornal “O Solimões” publicava em sua primeira página a manchete “Amazônia vai perder o SIVAM”, devido á pressão política que foi feita naquele ano contra o projeto SIVAM/SIPAM, que foi alvo da politicagem interna praticada por políticos mal intencionados que quase acabaram com o projeto de grande importância para o Brasil com investimento previsto de US$ 1,4 bilhão.


O SIVAM e o SIPAM,foi criado, para defender a soberania brasileira. Por causa da politicagem quase ficava apenas no papel, foi preciso lutar muito, para vencer os inimigos interno e externos que não queriam este projeto.
Este tablóide de circulação mensal foi o primeiro órgão de imprensa brasileira a se interessar em divulgar este projeto de suma importância para a defesa da soberania brasileira e o tráfego aéreo na Amazônia.


Enquanto grandes órgãos de imprensa do Brasil aceitavam a falácia dos políticos mal intencionados, que tentavam conduzir a opinião pública para não aceitar este projeto, atribuindo na época, características negativas que não existiam.

Neste ano de 2012, o SIVAM/SIPAM, completa 10 anos após a instalação destes importantes sistemas de Proteção e Controle de Trafego Aéreo na Amazônia, e os resultados que comprovam a importância deste projeto está á disposição para quem quiser conhecer.

O SIVAM tem sido de grande importância para coibir os desmatamentos, seus radares, informam diariamente sobre a proteção ambiental, meteorologia, sensoriamento remoto, rede detectora de raio realizada por três centros regionais em Belém, Manaus e Porto Velho.
Por causa da politicagem, o projeto SIVAM/SIPAM ficou como um avião parado na pista durante 2 anos a espera de autorização da torre de controle da política para decolar.

O contrabando e o trafico de drogas na região de fronteira antes do projeto SIVAM/SIPAM, era difícil de ser combatido em função de não haver naquela época, o monitoramento do tráfego aéreo.

Existiam dezenas de pistas clandestinas em vários pontos da região amazônica que favoreciam estas atividades ilícitas. Sem falar no completo isolamento e abandono no qual se encontrava a população amazônica.

A grande imprensa nacional influenciada por políticos embromadores, acabaram fazendo campanha contra o projeto SIVAM/SIPAM. Este pequeno tabloide e seus editores, levantaram a bandeira do SIVAM/SIPAM e passou a divulgar todos os fatos envolvendo este projeto, inclusive a embromação de políticos da Amazônia. O projeto foi aprovado e instalado e o jornal ''O Solimões'' foi obrigado a parar de circular por causa da pressão política, em função destas lutas.

Hoje, com mais de 700 antenas de comunicação instaladas por toda a região amazônica, as informações coletadas são disponibilizadas para todos os órgãos governamentais, sejam das áreas ambiental, militar e de assistência social.

Segundo o gerente regional do SIPAM em Manaus Bruno da Gama Monteiro, em entrevista ao jornal “Diário do Amazonas”, os principais objetivos do projeto tem sido alcançado, por exemplo: a operação Arco Verde iniciada em 2008 e que monitora os 48 municípios que mais desmataram na região.

O SIPAM atualmente coordena a gestão do projeto Cartografia da Amazônia, composto por três subprojetos: Cartografia Terrestre, Geológica e Náutica, em parceria com as forças armadas e Serviço Geológico do Brasil.

O Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) foi convertido em um órgão militar, o 4 Centro Integrado de Defesa Aéreo e Controle de Trafego Aéreo (CINDACTA IV).

Um Almirante e um Maj. Brigadeiro do Ar, que lutaram bravamente para que o SIVAM/SIPAM fosse aprovado no senado federal.

Além do jornal “O Solimões”, nestes dez anos do SIVAM/SIPAM, é preciso destacar, o grande empenho e a luta que travaram o Almirante Mário Cesar Flores quando comandou a SAE, e os Maj. Brigadeiros do Ar Mauro Gandra (Ex-Ministro da Aeronáutica), Marcos Antonio de Oliveira (Ex-Presidente da Comissão responsável pela implantação do Sistema de Vigilância da Amazônia- CCSIVAM) Brigadeiro Valdir de Souza (Ex-Chefe do Estado Maior do Sétimo Comando Aéreo Regional), para que este projeto se integrasse em defesa da soberania do Brasil e da Defesa Aéreo e Controle de Trafego Aéreo em toda a Região Amazônica.

COMO SURGIU O SIVAM

No começo do governo Collor; o Ministro Sócrates da Costa Monteiro, manifestou interesse em ampliar a fase do SINDACTA – Sistema de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo que envolveria a Amazônia. A idéia do Ministro era elaborar um projeto amplo , não apenas militar, que envolvesse o controle de incêndios e a repressão a traficantes. Uma empresa a ESCA Engenharia de Sistema de Controle e Automação S.A. que já tinha prestado serviços para o Ministério da Aeronáutica, foi convidada pelo ministro para fazer um esboço deste projeto , enquanto a FAB fazia seus próprios estudos. Do cruzamento desses dois estudos nasceu o SIVAM = Sistema de Vigilância da Amazônia.

O SIVAM só saiu mesmo da fase de projeto, no governo Itamar Franco, quando contou com o apoio do Secretário de Assuntos Estratégicos, Almirante Mario Cesar Flores. A partir daí o projeto começou a interessar aos gigantes mundiais da produção militar aeronáutica como a empresa americana Raytheon e a Francesa Thomson (essa última já havia instalado o sistema DACTA), para a implantação tecnológica do SIVAM. Teve então, o início a temporada de lobbies pesos pesados dos governos da França e dos EUA. A Casa Branca saiu da frente, tanto o Secretario do Comercio dos EUA Ron Brown como o Vice presidente Al Gore visitaram o Brasil deixando bem claro o interesse dos EUA, na vitória da empresa Raytheon. Venceu a concorrência a empresa americana. O senado aprovou em dezembro de 1994 o Projeto SIVAM mas, deixou para posterior deliberação, autorização para o Brasil contrair empréstimos junto a EXIMBANK dos EUA no valor de US$ 1,4 bilhão . Esta autorização foi aprovada no início deste ano.

ANATOMIA DO SIVAM

O que é- Um projeto que integra radares, satélites, aviões e estações de monitoramentos para rastrear a Amazônia;

Objetivo- Monitorar o espaço aéreo, queimadas, poluição do ar e dos rios, controle de tráfico de drogas, uso da terra;

Custo – US$ 1,4 bilhão - o segundo maior projeto estratégico do mundo;

Responsável pelo sistema- A ESCA brasileira foi a escolhida e depois desclassificada. O Ministério da Aeronáutica assumiu o projeto e os técnicos desta empresa foram contratados pela FAB para fazerem a integração do SIVAM;

Empresa vencedora da concorrência para instalação do projeto- Raytheon dos EUA.

Financiamento- EXIMBANK Americano -Raytheon e EXIMBANK Sueco;

Abrangência – Cobrirá com radares e outros equipamentos nas áreas de cinco milhões de quilômetros quadrados;

Prazo de instalação – Cinco anos.
Comitiva de autoridades militares, civis e os editores do jornal ''O Solimões'' Isaias Ribeiro e  Gabriel Andrade no município de São Gabriel da Cachoeira, na comunidade indígena Yanomami, Maturacá, no Amazonas, na fronteira do Brasil com a Venezuela, onde participaram da inauguração de um dos Radares do Projeto SIVAM/SIPAM NO ANO DE 1995.
De 1995 a 2000 travou-se uma grande batalha no Congresso Nacional, entre integrantes do governo federal, representado por militares contra parlamentares no senado federal, que se aproveitando da forma como o projeto foi aprovado em 1994, deixando para posterior deliberação a autorização para o Brasil contrair o empréstimo para a instalação do projeto. Na foto em pé no centro, os Editores do Jornal ''O Solimões'', Isaias Ribeiro e Gabriel Andrade, juntamente com os Ministros: da Aeronáutica, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, e o Ministro da Justiça e várias autoridades civis e militares na comunidade indígena dos índios Yanomami em Maturacá, Município de São Gabriel da Cachoeira-Amazonas.

Após reter o projeto por vários meses, o senador Gilberto Miranda-PMDB do Amazonas, que havia assumido a cadeira de senador em 1993, com a renúncia do senador Amazonino Mendes, de quem era seu suplente, colocou o projeto em pauta no final de 1994, sob pressão da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, e o senado votou e aprovou a matéria.

Os senadores queriam ir para o recesso legislativo e deixaram com Miranda, que era o Relator do Projeto, o poder de compor as resoluções finais.

Passado um ano, o senador empurrava com a barriga, enrolava e não definia a questão, criando embaraços que prejudicavam a Amazônia e irritavam os ministérios envolvidos em implantar o projeto SIVAM.

O Brasil chegou até a pagar juros a título de taxa de compromisso, uma vez que não podia retirar o dinheiro do empréstimo ao EXIMBANK por causa da embromação na votação do empréstimo no senado.

O Diretor do Jornal O Solimões Isaías Ribeiro no centro, com o Major Brigadeiro do Ar Marcos Antônio de Oliveira ex-Presidente da CCSIVAM e o Major Brigadeiro do Ar Antônio Seixas em um barco a caminho da inauguração de Radares dos Projetos SIVAM/SIPAM na Região do Alto Rio Negro/AM, no final da década de 90. 
Dois capixabas que lutaram no Amazonas em prol do Projeto SIVAM/SIPAM, o diretor do jornal ''O Solimões'' Isaias Ribeiro e o Brigadeiro Valdir de Sousa, na despedida deste último do cargo de Chefe do Estado Maior do VII COMAR.

Veja os vídeos do SIVAM E SIPAM em funcionamento, e como foi importante para a soberania do Brasil estes dois importantes projetos de proteção ao voo na Região Norte e Proteção da Amazônia, acessando este link: http://isaiasr.blogspot.com.br/2015/08/a-foto-do-fato.html
        
Carta de Agradecimento do Presidente da Comissão Responsável pela implantação dos Projetos SIVAM/SIPAM, Maj. Brigadeiro do Ar Marcos Antonio de Oliveira, para o Diretor do jornal ''O Solimões'' Isaias Ribeiro, extensivo aos Diretores: Gabriel Andrade, Manoel Marques e Regina Bivar Silva.

Nenhum comentário: